domingo, outubro 15, 2006

As Pontes da Aprendizagem

Os pais de crianças com doença crónica ou pessoas que se tornam doentes excepcionais, "...querem compreender o tratamento e participar nele. Exigem dignidade, personalização e controlo, seja qual for o curso da doença ... querem na verdade ser educados e tornarem-se «doutores» no seu próprio caso...". O papel que exigem dos profissionais de saúde e em especial da equipa de enfermagem é também o de professores (Siegel, 2004:48-49). A equipa de enfermagem deve de actuar com o máximo de rigor e excelência, pois somos os seus modelos de aprendizagem.
Quando os pais nos questionam acerca de como administramos uma dada terapêutica ou quando nos sugerem um acesso venoso em prol de outro, entre outros exemplos, esperam essencialmente uma validação da sua aprendizagem e a utilização dos seus recursos que partem de experiências anteriores. Não pretendem de modo algum uma supervisão do nosso trabalho. Quanto à selecção do acesso venoso quase sempre resulta, surgindo nestes momentos sentimentos de "espírito de equipa".
Os Grupos de Ajuda Mútua têm a vantagem de poder criar espaços exteriores às situações de agudização da doença, para que desta forma possam ser colocadas questões e repetidos passos inerentes aos cuidados que efectuam no domicílio. As experiências dos outros membros e a diversidade das suas situações, "...abre a mente das pessoas a outros aliados na luta e ajuda-as a perceber que não há uma resposta única, que de certo modo qualquer caminho pode ser o caminho correcto" (Siegel, 2004:188). Manter as pontes de aprendizagem é manter a flexibilidade dos cuidados rumo ao aumento da sua autonomia e qualidade de vida.
SIEGEL, Bernie – Amor, Medicina e Milagres. O poder do amor na recuperação da saúde. 1.ª ed., Lisboa: Sinais de fogo, 1998. ISBN 972-8541-47-3.337p.

1 Comments:

At 15/10/06 13:35, Anonymous Anónimo said...

É isso mesmo, o poder do amor...

www.sexualidademedular.blogspot.com

 

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