segunda-feira, setembro 03, 2007

Todos nós temos uma história. Qual é a sua?


Nada é circunstancial! Em ajuda mútua, a partilha tem permitido tomar consciência, de que quando se dá o início de uma caminhada em doença crónica, o seu final é desconhecido. No entanto, apesar de cada virar de página inicial ter o mesmo prefácio ... "medo, revolta, angústia, porquê eu?, que fiz de errado, choque e incerteza...", todos gostavam que a sua história tivesse a garantia de um final feliz.
Neste âmbito, segundo Hoekstra & Bradford, em Chronic Kids - Constant Hope (2000), existem três razões que fundamentam o "porquê necessitamos de uma história":
1-Oferecer um tempo de palavras (importante para a contextualização de palavras e partilha das histórias de vida);
2-Sermos imitadores (por exemplo, quando a criança com doença crónica ouve contar a sua história pelos lábios dos seus pais, promove-se o desenvolvimento da sua identidade e a confidência dos seus recursos e competências - pais seguros /criança segura);
3- Construção perfeita (que reporta à individualidade de cada ser humano e às vivências únicas e intransmissíveis no lidar diariamente com a sintomatologia e gestão da doença, onde cada família constrói um sentido ou propósito de vida).
As supra mencionadas autoras sugerem ainda que se incentive o doente, familiares, pais ... a escreverem as suas vivências num caderno, diário ou álbum de fotografias e se utilize como legendas os momentos de sucesso, com que se ultrapassou um internamento, obstáculo, e/ou adversidade, bem como a utilização de mensagens de esperança (escritas ou desenhadas).



Deste modo, mesmo não se conhecendo o conteúdo das últimas páginas de cada uma das histórias, os melhores momentos de sucesso e de esperança, ficarão sempre disponíveis ao virar da página!

3 Comments:

At 7/9/07 00:20, Blogger fatima pereira said...

Sempre que vos visito, aprendo alguma coisa... e fico mais rica, mas não guardo, partilho com os outros.
Obrigada!

 
At 10/9/07 18:52, Blogger Maria da Luz said...

Gosto.
Uma história é sempre algo que pode transmitir uma lição.
Pode ser muito útil... é uma maneira rápida de detectar problemas e de encontrar soluções.
É uma partilha.
Histórias comentadas e partilhadas podem ser um grande progresso na nossa profissão.
Gosto do blog parabéns

 
At 12/9/07 18:27, Blogger vitor santos said...

Pois é Zaida, tudo o que salientaste é uma grande verdade.Os filhos reflectem os pais, ainda hoje fui ao I.P.O.,e comentamos, eu mais a minha esposa que na altura em que o Vítor esteve em tratamentos(2002), por mais doentes que as crianças estivessem, todas elas, criam era andar a brincar mas os pais eram os próprios a incentiva-los para brincarem. Hoje o que vi, não foi nada disso; vi pais cabisbaixos, desculpem a expressão "sem sal" e todas aquelas crianças pareciam muito mal, certo que muito delas o estavam. Mas é como dizes, por experiência própria ,infelizmente,que a expressão , dos pais fazem a criança, e todos os pais, por mais mal que se encontrem, devem SEMPRE mostrarem aos filhos que tudo está bem e que eles iram ficar bem,ambos sabemos que por vezes isso não corresponde á verdade, mas só assim podemos e devemos ajudar.Lá diz o DR. Palhaço P.P.P.Pipocas -"A gargalhada é um tranquilizante sem efeitos colaterais." uma grande verdade....

 

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